Jogos emocionais: um perigo para o casamento


Mais comum do que muitos possam imaginar, existe um número grande de pessoas que se utilizam de jogos emocionais para tentar de alguma forma manter o casamento.

Para definir de maneira um tanto superficial o que são jogos emocionais seria o uso indevido das emoções para manipular outra pessoa.

Infelizmente muitos casais vivem esse "jogo" mantido por um dos cônjuges com a intenção de,  muitas vezes até de forma inconsciente, evitar que o casamento chegue ao fim. É preciso entender que usar esse tipo de artifício como forma de manter o casamento passa bem longe da realidade de viver um casamento saudável. Utilizar-se de jogos emocionais na verdade é levar cada vez mais o relacionamento a ruína.

Vejamos aqui alguns jogos emocionais que são comumente usados dentro do casamento:

Papel de vítima - a pessoa constantemente faz com que o outro a enxergue como coitadinho(a), impotente e desesperado mais do que a situação realmente é. Uma de sua frases mais comuns são "veja o que você me fez fazer".

A vítima é capaz de criar situações, como simular doenças, para fazer com que o outro sinta pena e ofereça o carinho que não é recebido de forma normal e espontânea.

Semeador de desconfiança - tenta fazer o outro acreditar que existe um flerte extra conjugal para produzir ciúmes no cônjuge para depois acusá-la(o) de falta de confiança no casamento.

Manipulação do silêncio - dizer ao outro que está tudo bem e logo a seguir oferecer o tratamento do silêncio prolongado acompanhado de uma linguagem não verbal de raiva para fazer o outro sentir-se culpado.

Usar os filhos - para mim este é um dos pontos mais tristes quando se trata de jogos emocionais, pois envolve crianças que acabarão prejudicadas emocionalmente por isso. Muitas mulheres engravidam quando o casamento está em crise para tentar "salvar" o casamento. Uma criança jamais deveria nascer com esta responsabilidade, filhos não salvam casamento.

 Em outros casos os pais usam os filhos para tomar partido contra o outro cônjuge e muitas vezes fazem ameças do tipo "se você for embora nunca mais verá as crianças."

Existem outros diversos tipos de jogos emocionais porém o que gostaria de ressaltar é que nenhum deles é capaz de salvar ou restaurar o casamento.
Um casamento em crise precisa ser tratado como tal por meio de duas pessoas adultas que desejam sinceramente uma transformação em seu casamento, nem sempre esse processo consegue acontecer apenas com o envolvimento e disposição do casal, embora este seja um fator fundamental, muitas vezes é necessário o auxílio de um aconselhamento conjugal para ajudar o casal a lidar com suas dificuldades de maneira saudável e produtiva.

Se você pratica ou sofre com jogos emocionais aconselho que busque auxílio profissional de um psicólogo ou terapeuta para ajudar a lidar com esta situação de forma mais saudável para você e seu casamento.

Em Cristo, Susi

Comentários

Postagens relacionadas